sábado, 9 de fevereiro de 2008

A correnteza da solidão

O vento batia em seu rosto, o barulho da água ao se chocar com as pedras pontiagudas davam a impressão que ali, naquele lugar, travavam a mais sangrenta luta da natureza, água, rocha... Alguns galhos batiam na água, rangendo, como se gritassem de dor por estarem em contato com aquele rio tão feroz, alguns galhos simplesmente desistiam de lutar, quebravam e eram levados pela correnteza para onde não se sabia, nem sequer se o "aonde" existia. O mato ao redor era seco, como se aquele rio amaldiçoado não conseguisse levar vida por onde passava a impressão que dava era a mais tenebrosa possível, o rio carregava consigo à morte. Chegara ali, naquela manha fria de inverno e mesmo arrepiado e com medo tentava analizar a situação como um todo, ele teria que chegar ao outro lado, custe o que custar e de preferência que o custo para a travessia não fosse sua vida, o vento não parava de socar-lhe o rosto, como se o avisasse: "Estas de frente ao rio maldito e a correnteza que ele carrega se chama SOLIDÃO". Seu amigo o avisara, que para chegar na estação deveria atravessar o "Maldito que corre" e que deveria sozinho descobrir como atravessá-lo, era a forma do rio testar os que realmente mereciam a outra borda.
(só uma idéia...)

0 comentários:

Porque você esta aqui?

Essa pergunta realmente eu não sei responder...